Parabens CFN, 203 Anos !!!

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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sanatório Naval presta apoio no socorro às vítimas da tragédia em Nova Friburgo

O Sanatório Naval de Nova Friburgo participou da frente de trabalho em auxílio às vítimas da tragédia na região serrana oferecendo apoio logístico à militares e órgãos públicos que estiveram no município. A instituição serviu de alojamento para 476 militares e também para a equipe de assistência social do estado.

Com auxílio da Marinha do Rio de Janeiro, o Sanatório Naval pôde alojar militares de diversas forças que vieram de todo o Brasil para colaborar com as buscas na região. Oficiais e praças da aeronáutica e do exército, bombeiros, fuzileiros navais e assistentes sociais do Serviço de Assistência Social da Marinha (SASM) e do Governo do Estado receberam alimentação e moradia e puderam utilizar a estrutura da instituição para dar suporte à comunidade.

Segundo Valter de Souza, presidente regional da Associação de Veteranos do Corpo de Fuzileiros Navais (AVCFN), apesar do efetivo do Sanatório não ter participado diretamente com buscas e resgates, o apoio logístico oferecido através de aeronaves, carros e caminhões possibilitou a chegada da ajuda a muitas áreas que estavam isoladas ou com dificuldade de acesso, assim como a entrega de mantimentos, produtos de higiene, água e roupas nessas localidades. “O Sanatório atuou a princípio na distribuição de socorro de emergência, chegando a bairros como Campo do Coelho, Jardim Ouro Preto, Barroso, São Lourenço, Alto dos Vieiras, Centenário de Salinas e também a outras localidades que estavam completamente isoladas, como Banquete, Sumidouro e Barra do Bengala, onde o acesso só podia ser feito através de aeronaves” .

Além disso, o material enviado à instituição pela Marinha, que a princípio seria usado para suprir as necessidades da família naval e civis que colaboram diretamente com ela, foi compartilhado com a população através de um serviço de triagem, separação e preparação de cestas básicas, realizado por dois assistentes sociais da SASM. “O atendimento à família naval foi feito e depois, por reconhecimento das necessidades das pessoas que estavam em áreas isoladas, ficou decidido distribuir esse material. Parte dessa arrecadação também foi entregue à entidades, igrejas e abrigos que estavam colaborando com a entrega de doações e à Prefeitura do município” – ressalta Valter.

A marinha também disponibilizou a vinda para a região de caminhões militares UNIMOG, para transporte de donativos. De acordo com Valter, esse tipo de caminhão opera especificamente em áreas de difícil acesso: “Ele foi imprescindível no trabalho de salvamento e suprimento em diversos locais. Muitas vezes, devido à situação que nossa região estava enfrentando, por ele conseguir alcançar locais isolados, o caminhão saía com suprimentos e retornava trazendo corpos pela dificuldade de tirá-los de lá”.

Já os fuzileiros veteranos que vieram do Rio de Janeiro para a região, estiveram presentes junto ao Hospital de Campanha (HCamp), cuidando da organização interna. Já os veteranos de Nova Friburgo e região, por conhecerem bem as cidades atingidas trabalharam como guias, ajudando os grupos de outros estados e da capital a chegar aos locais. “Os veteranos do Rio, por serem mais idosos e não conhecerem a cidade ajudavam a organizar filas, trânsito e recebiam pacientes dentro do HCamp, já os nossos veteranos ficaram prestando auxílio no deslocamento de viaturas, caminhões e helicópteros pela região, indicando onde ficava cada localidade” – explica o presidente da associação.

Paralelo a esse serviço de “GPS”, os veteranos ficaram quatro dias com uma barraca operativa com dez homens na Praça Primeiro de Maio, em Olaria, onde recolheram doações e distribuíram a comunidade. Depois, em parceria com o conselho tutelar, a promotoria do estado e a ONG Aldeias Infantis, essa equipe montou base no Grupo de Promoção Humana (GPH) do Cônego para atender as crianças vítimas da tragédia, que perderam ou estavam separadas dos pais. “Primeiro nós montamos essa barraca em Olaria a pedido da comunidade e cuidamos da arrecadação e distribuição de donativos. Alguns veteranos faziam essa entrega com próprio carro. Depois nos reunimos no GPH, onde disponibilizamos roupas, fraudas, brinquedos, entre outras coisas e ficamos dando suporte às crianças” – diz Valter.